domingo, 12 de agosto de 2007

Definindo crise no contexto empresarial

Diante dos grandes avanços tecnológicos e a facilidade de acesso à informação torna-se fundamental às empresas estarem preparadas para possíveis problemas que causem danos à imagem organizacional. O autor Mário Rosa (2001), conceitua a crise de imagem como “um conjunto de eventos que pode atingir o patrimônio mais importante de qualquer entidade ou personalidade que mantenha laços estreitos com o público: a credibilidade, a confiabilidade, a reputação”.

Moura (apud CARVALHO, 2007) apresenta a origem da palavra crise proveniente do grego Krinein, que significa separação, julgamento, momento decisivo. Esses fatos podem acontecer inesperadamente, demonstrando a fragilidade de determinados setores de uma organização. Nos estudos de Hiroyoshi (2007), vemos que uma crise representa uma ameaça para as empresas porque “ao paralisar ou prejudicar o andamento dos negócios, gera perda de recursos (dinheiro, pessoas, tempo, etc.) e danos à imagem da organização, de suas marcas e ou de seus produtos”.

Para conquistar uma imagem positiva no mercado, o caminho percorrido pelas empresas é longo e demanda, muitas vezes, grandes investimentos. Na luta pela sobrevivência, vencer a concorrência significa conquistar a confiança dos stakeholders (indivíduos ou grupos que detêm influência sobre determinada organização), mantendo sua reputação e credibilidade. Hiroyoshi (2007) completa essa afirmação dizendo que diante de uma crise essas características de sustentação podem ser facilmente perdidas.

Segundo Lerbinger (apud CARVALHO, 2007) pra que exista uma crise é preciso que haja uma ameaça que possa impedir as metas prioritárias da organização. A falta de tempo acomete este acontecimento súbito, numa degeneração capaz de gerar a irreparabilidade. O fator surpresa torna a situação suscetível há uma crise, que pode ser gerenciada com pílulas (soluções à curto prazo, que demandam continuidade) conforme a preparação da equipe. Neste contexto, Carvalho (2007) considera que “as reações às crises são parte de um diálogo contínuo entre as organizações e os stakeholders”.

De acordo com Barton (apud CARVALHO, 2007) tem-se o entendimento que o gerenciamento de crise envolve tentativas de eliminar o fracasso, assim como o desenvolvimento de sistemas de comunicação junto aos stakeholders que são capazes de evitar ou administrar situações de crise.

Ocorrências que podem passar desapercebidas por gestores de pequenas, médias e grandes empresas podem se tornar facilmente uma crise. Para isso, torna-se importante que cada organização esteja atenta aos possíveis pontos fracos do seu negócio. Isso possibilita ao empresário uma preparação prévia sendo possível evitar determinadas ocasiões, com devido planejamento de ações.

Carvalho (2007), citando Neves, em consonância com Sussink e Fild, expõe que o problema é que a maioria das organizações não está preparada para a ocorrência de crises. “Muitas acreditam que não vale a pena investir em algo que não se sabe quando e se realmente acontecerá. Posição equivocada esta, pois o custo de um planejamento para administração de crises é irrelevante se comparado ao que a empresa pode perder por não tê-lo já configurado antecipadamente” (CARVALHO, 2007).

Tipos de Crise

As ocorrências de crise variam, conforme a tipologia utilizada por determinado autor. Rosa (2001), no entanto, propõe que as crises empresariais estão “intrinsicamente ligadas aos valores cultivados por indivíduos que compõem uma sociedade”. Dentre as mais diversas formas, podemos citar as seguintes ocorrências:

O sucesso em tais disfunções dependerá da capacidade que as organizações têm de enfrentá-las. Para isso, faz-se necessário a compreensão de tal processo assim como a atitude pró-ativa de prevenir-se. Rosa (2001) completa dizendo que quando uma crise atinge pessoas e organizações de forma inesperada, põe em risco sua sustentabilidade. Carvalho (2007), citando Rosa (2001), afirma que “não existe uma hora marcada para a instalação da crise, porém há possibilidades de prevení-la. A sobrevivência de uma organização depende da habilidade que esta tiver para processá-la”.

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